Corpo Perfeito

sábado, 30 de julho de 2011

Pode mesmo ter bicho dentro de casa?

 

Como fazer para que donos e animais vivam felizes e saudáveis sob o mesmo teto


O pug Boris é quase uma sombra dos membros da família Peneluppi. Quando Renan, 25 anos, está em casa, Boris vai atrás dele, pede colo, faz graça, assiste tevê junto no sofá – e, se precisa ir para seu cantinho, obedece. “Ele sabe qual é o lugar dele. Apesar de passar o dia pela casa, subir no sofá e na cama, só deixamos ele dormir na caminha dele, na área dele, trancado”, diz Renan. Como a maioria dos pets, Boris precisa seguir algumas regras, mas tem livre acesso à rotina da família.


Cachorro andando pela cozinha ou gato tirando soneca na cama dos donos são cenas que arrepiariam a geração dos nossos avós, mas casas e apartamentos menores estreitaram a convivência entre animais de estimação e seus donos, tornando a divisão do espaço obrigatória para quem pretende manter um bicho num local menos espaçoso. Mas ainda há quem torça o nariz para essa proximidade. “Se tem alguém realmente desconfortável com a presença dele, ele fica preso na cozinha e área de serviço”, diz Renan.

Para o cachorro não causar problemas nem para a família nem para vizinhos e visitas, eles pesquisaram sobre a raça e escolheram o pug por ser extremamente sociável, não latir e ser um cão tranquilo. Renan também contratou um treinador para o cachorro, que aprendeu a obedecer comandos com facilidade. Até as crianças da família entram na brincadeira. “Tenho um sobrinho de um ano que gosta muito do Boris. Quando os dois interagem, seguramos o Boris para ele ir se acostumando com meu sobrinho, que gosta de tirar a chupeta e esticar o rostinho perto da boca do cachorro pra tomar lambidas... ele se diverte”, conta Renan.


Bicho saudável, família feliz
Para essa interação não causar problemas, a saúde do cão tem que estar em perfeita ordem. As principais medidas, tanto para cães quanto para gatos, é cumprir o calendário de vacinas obrigatórias e vermifugação a cada seis meses ou a cada quatro, no caso de animais com bastante acesso à rua. É necessário cuidar da prevenção de parasitas, como pulgas e carrapatos também, que podem vir inclusive pelas roupas do dono, na volta de um passeio na rua. “O animal não é higiênico, ele lambe o chão, a pata que pisou no chão. Pode pegar os ovinhos de verme inclusive pelo sapato do dono”, adverte a veterinária Taíza Sanna.
Mesmo com animais bem cuidados, a veterinária não recomenda que eles durmam com o proprietário na cama, por precaução. “Sempre há risco de transmitir zoonoses, como lombriga, bicho geográfico, toxoplasmose. Gato enterra as fezes, e por isso tem unhas extremamente contaminadas, por exemplo.” A atenção tem que ser maior ainda em casas com crianças, que não distinguem que brinquedos são do bicho e quais são delas, e podem levar à boca objetos contaminados.
Na casa do violinista Luiz Fernando Cadorin, 29 anos, dono do gato Mingau, os cuidados de higiene são reforçados. Além das vacinas, o gato toma banho e faz tosa higiênica com frequência. Mingau é adestrado pelos donos para não subir em mesas e na pia, embora de vez em quando o bichinho burle a regra. “Eu sei que ele sobe na pia de vez em quando, por causa das pegadas que deixa no armário abaixo da pia. Se ouço um barulho diferente, dou bronca e o Mingau sai de lá rapidinho.” A limpeza da casa é reforçada, para evitar odores e que visitas ganhem a estampa de pelos brancos nas roupas ao sentar no sofá, por exemplo. O ideal, de acordo com especialistas, é aspirar tapetes e carpetes e usar cloro ou amônia quaternária.

 

Sem estresse
Outro ponto importante é manter emocionalmente bem o animal que fica dentro de casa ou no apartamento. Gatos precisam ser estimulados para brincar e cachorros devem ter chance de passear, brincar e gastar energia. “Estresse pode afetar a saúde do bicho, causando problemas de pele, de comportamento, na alimentação. E animal sedentário fica obeso, começa a ter problema de coluna, de articulação”, enumera Taíza. Bichos estressados tendem a ser mais difíceis de conviver, “reclamar” mais e ter dificuldade de se relacionar. A responsabilidade de mantê-lo feliz é dos donos.

Analice Cardoso Munhoz Severino, veterinária do Hospital Veterinário Pompéia, lembra que as zoonoses passam pelo simples contato com o dono. “Não é o acesso à casa que vai causar a contaminação”, afirma. “Tomando os cuidados e fazendo a prevenção, não ocasiona problema nenhum”. Ela reforça que, com os devidos cuidados, o contato com animais desde cedo para crianças pode inclusive reforçar o sistma imunológico. “A criança que tem contato com animais logo cedo tem menor risco de desenvolver alergias. Ela vai criando resistência.”

 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Qual a melhor raça para você e sua Familia – BORDER COLLIE

Border Collie 


Conheça a raça de cachorro Border Collie, características da raça, 
temperamento, cuidados especiais, foto e comportamento



Border Collie: agilidade e fácil adestramento

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

  • Os cães desta raça pesam entre 15 e 23 kg.


     

  • O tamanho varia entre 40 e 55 cm.


     

  • A cor mais comum entre os cachorros desta raça é a combinação de branco e preto.


     

  • Com relação ao pêlo, pode encontrar dois tipos de animais: com pelo longo (em média 7 cm de comprimento) e pêlo curto ( 3 cm de comprimento).


     

  • As orelhas são de tamanho médio.

 
 

COMPORTAMENTO E TEMPERAMENTO:

  • Os cães da raça border collie possuem uma enorme habilidade para atuar como pastores, pois são descendentes de cães pastores da Escócia.


     

  • São muito inteligentes e atentos.


     

  • Possuem características que facilitam muito o adestramento.


     

  • Desenvolvem uma grande amizade, obediência e respeito com o dono.


     

  • Possuem uma grande agilidade e não ficam cansados facilmente.


     

  • Necessitam praticar atividades com alto gasto de energia.


     

  • Esta raça não é recomendada para viver em apartamento. Caso isto ocorra é necessário levar o animal para caminhadas diárias.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Qual o melhor cão para você e sua família - POODLE

Poodle

Conheça a raça de cachorro Poodle, características da raça, temperamento, 
cuidados especiais, foto e comportamento

poodle
Poodle: inteligência e criatividade 

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Existem três tipos de poodle, classificados de acordo com o tamanho: Gigante (de 45 a 60 cm de altura da cernelha*), Médio (35 a 45 cm), Miniatura (27 a 35 cm da cernelha) e o Toy (menos de 27 cm da cernelha).

As cores mais comuns desta raça são: preta, branca, marrom e cinza.

Possuem pêlos encaracolados, crespos e macios.

A cor dos olhos dos poodles pode ser preta, âmbar escuro ou marrom.

O focinho do poodle tem o formato retangular.
 
COMPORTAMENTO E TEMPERAMENTO:

Os poodles são bem brincalhões e inteligentes.

Possuem agilidade nas atividades físicas.

Adaptam-se muito bem em ambientes pequenos como, por exemplo, apartamentos.

Não necessitam de grande quantidade de atividade física.

São carinhosos com o dono e pessoas conhecidas.

Possuem o instinto de caça, podendo perseguir roedores, pássaros e outros animais de porte pequeno.

Gostam e necessitam muito de companhia, principalmente do dono.

São extramente criativos em suas atitudes.

* cernelha: ponto mais alto do ombro do cachorro, antes do pescoço. A altura dos cães é medida da cernelha até o chão

domingo, 24 de julho de 2011

Cidade de Minas implanta chips em cães e gatos

Objetivo da prefeitura de Poços de Caldas, que fez convênio com o Ministério da Saúde, é diminuir o número de animais abandonados


Vira-lata com jeitão de poodle, o pequeno Puff, de seis anos, faz parte de um seleto grupo de animais com microchip. Agitado, ele brinca bastante com outros dois cachorros e uma gata na casa da autônoma Karen Cristina Fonseca de Mello, na cidade de Poços de Caldas, a 456 quilômetros de Belo Horizonte. Puff é um dos beneficiados por iniciativa da prefeitura da cidade que, em parceria com o Ministério da Saúde, está monitorando todos os cães do municipio.

Na mesma cirurgia em que foi castrado, Puff recebeu um microchip. Se um dia ele se perder pela cidade, quando for recolhido pela prefeitura será identificado com um aparelho de leitura especial e devolvido à dona, que o encontrou abandonado. “Deixaram ele na porta da minha casa e, em agosto, faz um ano que estou com ele. Fizemos a castração na última quarta-feira (20) e ele está normal, brincando com os outros cachorros. A cirurgia não demora mais que 20 minutos e o microchip dá uma segurança a mais”, comenta Karen.

Ela já havia castrado os outros animais e, agora, pretende implantar o chip em todos seus vira latas de estimação: a gata Ken Ken, Scooby (com aspecto de Doberman) e Beethoven, também de grande porte.


Foto: Getty Images Ampliar
Em Poços de Caldas, chips são implantados em cães assim que eles são castrados: fica mais fácil encontrar o bicho, caso ele se perca

O Programa Municipal de Castração de Cães e Gatos de Poços de Caldas já tem 250 animais cadastrados.

Destes, cerca de 70 já passaram pelo procedimento. Conforme explica o coordenador da Vigilância
Ambiental, médico veterinário Rogério Blasi, a cidade possui uma população de 20 mil cães e gatos. Ele conta que nesta primeira fase 500 deles serão castrados e receberão o microchip. O custo normal para castrar e implantar um microchip varia de R$ 180 a R$ 200, mas com o subsídio da prefeitura e do Governo Federal, o procedimento é oferecido à população por apenas R$ 16,30. “O aumento da população da cães e gatos é um problema mundial e Poços de Caldas não fica de fora. Muitos estão abandonados pela cidade”, conta o veterinário. Com a iniciativa, o governo incentiva a castração e melhora o controle dos bichos da cidade.

Para esta primeira etapa de castração e implantação de microchips, serão desembolsados de R$ 50 mil a R$ 60 mil, em recursos da prefeitura e do Ministério da Saúde. Blasi explica que o poder público repassa às três clínicas conveniadas R$ 100 para o procedimento em um gato e R$ 120 em um cachorro. “Depois da primeira etapa, pretendemos abrir um edital para mais três mil animais. A idade mínima para a castração é de três meses e o procedimento é pouco invasivo. O animal recebe anestesia geral e não precisa tomar antibióticos depois”, diz o veterinário. Para participar do programa, o dono do animal deve ir ao setor de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde e retirar uma guia para pagamento dos R$ 16,30.

Com a guia paga, ele retorna ao local e faz a inscrição. A escolha da clínica é do proprietário.


Os abandonados

Blasi conta que, por mês, centenas de cães e gatos são recolhidos das ruas de Poços de Caldas. Além de sofrerem com o abandono e a falta de alimento, os animais podem se transformar em transmissores de doenças, por não receberam vacinas. O veterinário lembra que entre as mais graves estão a raiva e a leishmaniose, letais.

A iniciativa da prefeitura agradou a Associação de Amigos e Protetores dos Animais (AAPA) de Poços de Caldas. A presidenta da entidade, Vera Facci, conta que programa de controle de natalidade nos animais é uma reivindicação antiga. “Estamos tentando viabilizar um programa como este há 20 anos. Para nós, foi uma coisa maravilhosa. Há muitas pessoas que culpam os canis, mas a responsabilidade é da própria população. O acordo de colocar o microchip nos deixa muito contentes”, diz ela.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Cachorros ganham até R$ 800 por trabalho como modelo

Por meio de agências especializadas, cães, gatos e até porquinhos podem ter seus 15 minutos de fama



Até o mais duro dos corações se derrete na presença de cãezinhos. Pense num folheto de lançamento de imóveis: se for direcionado para famílias, são grandes as chances de um golden retriever ou um labrador estarem bem ali do lado das crianças. Em propagandas de bancos ou empresas de telefonia, são presença constante e carismática. Para isso, os animais são treinados, contratados e pagos. São bichos modelos.

A produtora Ana Paula Amaral, 38 anos, descobriu esse nicho de mercado com Lancelot, seu beagle, adotado de um abrigo. Como o cão destruía a casa se ficasse sozinho, ela passou a levá-lo para toda parte.

Foi durante um passeio com Lancelot que ela recebeu a primeira proposta para ele participar de uma campanha publicitária. Depois da estreia, começou a agenciar os pets de amigos também, e acabou criando a Cão Modelo. “Sempre precisei de bichos em produção de fotos”, conta. “Comecei a cadastrar os cachorros e faço um teste fotográfico para ver se ele se dá bem com a rotina de sessão”, afirma.


Foto: Divulgação Ampliar
Lancelot, o beagle que deu origem à "Cão Modelo"
Pet estrela

Diferentemente dos padrões rigorosos a que as modelos humanas se submetem, não há grandes pré-requisitos para a carreira no mundo animal. Todo bicho de estimação, a princípio, pode ser modelo. “Ele tem que ser dócil e sociável com pessoas, e se possível, com outros cachorros”, explica Ana Paula. Não precisa ser de raça nem ter pedigree; há todo tipo de demanda, desde raças com ar aristocrático a simpáticos vira-latas.

Também não é necessário que o cachorro tenha adestramento. Quando é preciso algo específico, geralmente a campanha tem um adestrador para treinar o cão. “Já tenho mais de mil pets cadastrados”, conta Ana Paula. A maioria são cães, mas há também gatos, calopsitas... até miniporcos.

Os campeões de audiência são os golden retrievers e labradores, cães sempre associados a companheirismo e aconchego. “São os cachorros da família”, diz Ana Paula. Para editoriais de moda, cães fashionistas, como buldogue francês, lulu da pomerânia e whippet, fazem sucesso.

Bicho rico?
Quem pensa em fazer dinheiro com as campanhas pode desistir da ideia. Os cachês médios variam entre R$ 100 e R$ 800, dependendo do tempo de trabalho, mas não há garantia de trabalhos constantes. Filmes e séries, pelo longo tempo de duração, podem render um valor um pouco maior. “Meus cachorros não trabalham mais do que 4 horas, para garantir o bem-estar deles. Mais do que isso, contrata dois, para não cansar o cachorro.”

A arquiteta Camila Brito, 36 anos, até agora não fez dinheiro com a boxer Teca, mas ganhou mil elogios na família e na vizinhança. “Ela é simpática, toda fofa. Todo mundo tirava foto e ela saía super bem. Resolvemos tentar”, conta. Teca já fez duas sessões, uma de foto e outra de vídeo. “Ela adora gente, brincou, fez farra. Já reclamei que nos próximos tem que ter cachê”, diverte-se.

A gatinha Nikole é um dos focinhos mais conhecidos no mercado voltado para felinos. A dona, Cecy Passos, adotou a gata há 11 anos e se apegou de tal forma que a levava para todos os seus compromissos. Dócil, Nikole se deixa ficar no colo, posa para fotos, é tranquila mesmo com mudança de ambientes – característica pouco comum em gatos. “Eu viajo o Brasil com ela fazendo palestras, dando cursos”, conta Cecy, que abriu uma consultoria para o mercado de felinos e associou a gata à diversas linhas de produtos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Deficientes visuais são reinseridos à sociedade com ajuda de cães

Cegos ganham qualidade de vida na companhia de cães-guias. Filhotes de labrador e golden recebem treinamento especializado


Deficiente visual, o economista e professor universitário Luiz Alberto Melchert, presidente do Instituto Meus Olhos Têm Quatro Patas, conta com o auxílio de cães-guias há 37 anos. Quatro animais já passaram por sua vida. Hoje, seu companheiro é Ypsilon.

“Não imagino minha existência sem eles. 70% do que o cão-guia faz é nos trazer para a sociedade, 30% é nos guiar. Tê-los ao lado proporciona um sentimento de dignidade que de nenhuma outra maneira você tem”.
O jornalista Lucas de Abreu Maia também emociona ao falar dessa ajuda: “É mais do que um cachorro, é uma extensão do meu corpo.

Estima-se que o Brasil tenha 16 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo cerca de 2,6 milhões em São Paulo. Cães-guias, segundo entidades do setor, são apenas 100.

Para ajudar a suprir essa carência, o Serviço Social da Indústria de São Paulo (SESI-SP) e o Instituto Meus Olhos Têm Quatro Patas, com o apoio da

Fundação Dorina Nowill, firmaram parceria e desenvolveram o Projeto Cão-Guia.

A iniciativa visa a transferência de tecnologia social para beneficiar deficientes que trabalham na indústria paulista, permitindo mobilidade autônoma e segura.

Na primeira etapa do projeto, 32 filhotes das raças labrador e golden retriver foram entregues a famílias acolhedoras. Com elas, os animais passarão aproximadamente um ano para diferentes vivências, que permitirão equilíbrio comportamental futuro.
Em um segundo momento, os animais serão encaminhados ao centro de treinamento do Instituto Meus Olhos Têm Quatro Patas para adestramento intensivo e especializado. Esse processo tem duração de seis a oito meses.
Por fim, os cães “escolhem” seu futuro dono e passam por um período de instrução com ele. No projeto do SESI, os cães serão doados gratuitamente aos industriários com deficiência visual.

A professora Susi Bonifácio Rodrigues, acompanhada do neto Matheus, de três anos, recebeu a labradora Emma em recente cerimônia no SESI. O menino ficou encantado, se desmanchando em carinhos e abraços. “Acho que vai ser difícil a separação lá na frente, mas sei que estaremos ajudando um deficiente visual com esse trabalho”, disse Susi.

Giulia, 7 anos, e Amanda, 6, filhas da publicitária Luciana Accorroni também não desgrudaram da futura cão-guia Fortune. “Quem diria que até pouco tempo elas tinham medo de cachorro”, contou Luciana.
Sobre o inevitável envolvimento com o animal, ela diz que já conversou a respeito e vai continuar abordando o assunto com as meninas. “É importante trabalhar o desapego”.
Ao adolescente Pedro Gaido, 12 anos, coube o serelepe golden Cazuza, de cinco meses. A responsabilidade de cuidar do animal será sua, garante. “Vou passear com ele três vezes por dia, escovar os dentes, alimentá-lo...”

Deficientes visuais que já utilizam cães-guias contam a seguir como a vida mudou após a chegada do animal.

Foto: Yara Achôa Ampliar
O jornalista Lucas de Abreu Maia e Annie




“É mais do que um cachorro, é uma extensão do meu corpo”











Foto: Yara Achôa Ampliar
O advogado Rodrigo Galvão dos Santos e Brenda





“É indescritível a sensação de autonomia com o cão-guia”

domingo, 17 de julho de 2011

Qual a melhora raça para você e sua familia - COLLIE



A RAÇA : COLLIE
A raça Collie teve sua origem na Inglaterra e se tornou a raça mais famosa do mundo em função da Lassie, protagonista de uma série de televisão, além de filmes que encantam a todos, até hoje. Aliás, é muito interessante frisar que todos os animais que interpretaram Lassie, na verdade, foram do sexo masculino, pelo fato dos machos possuírem uma pelagem mais espessa.

Por falar em pelagem, esta raça apresenta duas variedades, sendo uma de pelo longo (reto, duro e denso com subpelo macio e denso, possuindo juba e peitoral abundantes com franjas nos membros) e uma de pelo curto (liso e textura áspera com subpelo muito denso). Sua coloração pode ser zibelina (dourado claro a acaju intenso), tricolor (preto dominante com mechas fogo e marcas brancas) e Azul Merle (azul prateado, manchado e marmorizado em preto).

Esta raça tem sido utilizada como animal de pastoreiro, policial, guia para cegos e companhia, sendo um cão ativo, vivo, podendo ser equilibrado ou ansioso e tímido. É sensível, excelente companheiro, desconfiado com estranhos, mas nunca agressivo, sendo necessária uma educação firme, porém com suavidade.
Em sua vida adulta sua altura fica entre 51 a 61 cm, pesando entre 18 a 29Kg, não é um cão de cidade, mas consegue se adaptar bem, sendo que o seu espaço ideal é um local amplo para que possa fazer exercícios.

A alimentação adequada para esta raça é uma dieta a base de proteína animal, na qual pode ser encontrada nas rações de linha “Super Premium”.

As rações são suplementadas com vitaminas e minerais essenciais para o desenvolvimento e manutenção do filhote, lembrando que a agua a ser oferecida deverá ser sempre filtrada ou mineral.

Quanto aos cuidados básicos. É um animal que necessita de escovação de 2 a 3 vezes por semana. Por ser um animal de porte grande, o cão da Raça Collie deve viver em ambientes amplos e com piso adequado (rústico, gramado), pois este tipo de piso evita o aparecimento de problemas articulares.

Todos os filhotes deverão ser vermifugados contra vermes e protozoários com medicamentos devidamente prescritos pelo Médico Veterinário responsável, além de realizar o esquema de vacinação pediátrica contra doenças infecto-contagiosas como Cinomose, Parvovirose, Coronavirose, Adenovirus, Parainfluenza, Hepatite infecciosa, Leptospirose (três doses de vacina com intervalo de 21 dias entre cada dose).

Ao completar 4 meses de idade deverá receber a vacina contra raiva, além de mais duas vacinas que poderão ser aplicadas juntamente coma segunda dose da vacina pediátrica (V8 ou V10), que são as vacinas contra Traqueobronquite Infecciosa Canina (tosse dos canis) e contra Giárdia (protozoário), sendo que essas vacinas são aplicadas em 2 doses pediátricas e reforço anual.

Após o esquema de vacinação pediátrica, o filhote estará totalmente imunizado, devendo receber reforço anual para o resto da vida.


sábado, 16 de julho de 2011

Cachorros são “melhores que pai e mãe” para moradores de rua

Fonte de afeto e proteção, os bichos são motivo até para abrir mão de um abrigo


 
O alcoolismo fez Riberto Roque, 43, perder tudo: emprego, família e uma vida confortável. Hoje, passa os dias no Largo do Paissandu, no Centro da capital paulista, sem ocupação, sem destino, sem perspectivas. Sem nada, mas com uma companheira parceira, amiga, fiel: a cadela Pretinha. “Ela só dorme do meu lado, encostadinha. Se eu estiver dormindo e alguém ameaçar chegar perto, já começa a latir. Meu sentimento por ela é de pai para filho. Eu a chamo de filha”, conta o morador de rua.

Foto: Alexandre Carvalho/ Fotoarena
Pretinha monta guarda ao lado de Riberto

Foto: Alexandre Carvalho/ Fotoarena
Leandro e sua companheira Luana Billy


Ele lembra que ganhou a cadela vira-lata há oito anos, de um carroceiro (catador de papel e papelão). “Não sei se ela tem raça. Acho que é misturada”, diz. Mas pedigree para ele é o que menos importa. “Ela é ótima, me acompanha sempre. E é criada com ração e água fresca. Nunca passa fome. O povo (moradores e comerciantes locais) ajuda. Tem gente que até leva a Pretinha para tosar e tomar banho.”

Os latidos deram o aviso: tem ladrão!
Já David da Silva, 46, lembra do dia em que sua cadela Juliana o ajudou a recuperar seu carrinho de feira, no qual carrega seus poucos pertences, como um par de sapatos e peças de roupa. No meio da noite, alguém levou tudo. “Eu estava dormindo e ela começou a latir para me acordar. Fui atrás e recuperei meu carrinho”, diz o morador de rua.

Além de Juliana, ele tem outros dois companheiros caninos: Taco e Cisco. “Eles são melhores do que pai e mãe. Estão sempre juntos de mim. São amigos de verdade”, afirma. Mas Juliana tem um lugar especial no coração de Silva. “Eu gosto de todos, mas mais da Juliana porque é a que me protege. Os outros dois são sossegados. Mas a Ju não deixa ninguém chegar perto.”

Quando perguntado sobre a raça dela, ele foi direto: “Não sei, só sei que ela é linda.” Silva dispensa até os albergues – que não aceitam os bichinhos - para ficar ao lado dos animais. “Se eu não tivesse os cachorros, até dormiria em albergue. Mas prefiro ficar com os bichos, na rua.”



Bichinho com nome e sobrenome
A cadela de Leandro, 17, tem nome e sobrenome: Luana Billy. Apesar da pouca idade, Leandro mora na rua há seis anos. Atualmente, ao lado dos pais e de uma tia, vive na Praça da Sé e conta que Luana é sua maior companheira. “Ela me segue sempre, a qualquer hora. Até quando eu entro no Metrô, ela me acompanha. Desce a escada rolante e vai atrás de mim.”

A cadela também é sua protetora. “Ele protege a gente. Quando alguém chega perto, late e ataca. Não morde, mas ataca. E só dorme comigo”, afirma. A tia do adolescente, Valdelice Sandra Teixeira, 51, há 41 anos nas ruas, diz que contou com o apoio da cachorra para recuperar seu cobertor furtado. “Roubaram meu cobertor enquanto dormia. Acordei descoberta. A Luana Billy foi atrás, me levou e me mostrou uma mulher com meu cobertor. Ela é ótima e muito inteligente”, elogia.


No final da Rua Benjamin Constant, perto da tradicional Faculdade de Direito do Largo São Francisco, um grupo de moradores de rua reúne-se todas as noites para dormir. Junto deles sempre está Billy. O nome é o mesmo de Luana, só que este é macho. E muito esperto, segundo seus muitos donos. Um deles, Joel Pinheiro, 49, afirma que o cachorro só atravessa a rua na faixa de pedestres. “Mesmo quando a gente atravessa fora da faixa, ele vai até a faixa, atravessa e corre atrás da gente. E olha para os dois lados antes de atravessar.”

Pinheiro diz que Billy tem mais de 20 donos. E cuida - muito bem - de todos. “Ele é inteligente demais, por isso é adorado por todos”, afirma. Mas Billy também apronta. “Ele não gosta de pão. Um dia, compramos três cachorros-quentes e deixamos numa sacola para comer de manhã. Na madruga, o Billye pegou pão por pão, tirou só a salsicha, comeu e deixou os pães na sacola. De manhã, quando vimos, só gritamos: ‘Billyeeeeeee...’ Ele colocou o focinho entre as patas, abaixou as orelhas e ficou quietinho”, lembra, aos risos. “Companheiro e fiel. Esse é o Billy”, resume outro dono, Marcelo Rufino Cordeiro, 37. “O Billy? Nossa! O Billy é tudo”, se empolga Paulo Alberto Pereira, 26.

Animais mais alegres e menos ansiosos
Foto: Alexandre Carvalho/ Fotoarena Ampliar
Billy, que tem muitos donos

Só na faixa de pedestre


De acordo com Priscila Felberg, adestradora e consultora de comportamento de cães e gatos da empresa Cão Cidadão, o cão de pessoas de uma casa normal geralmente tem mais distúrbios do que um cachorro de morador de rua. “Isso porque se exercita pouco, anda menos e é menos sociável. Já o cachorro de rua é obrigado a enfrentar tudo isso no dia a dia. Convive com barulho de caminhão, de moto e até precisa defender seu dono”, explica.

Para a especialista, esses animais são mais alegres porque têm mais atividades físicas e até lúdicas. “Por isso, dificilmente cachorro de rua é ansioso, como acontece com os que são criados em apartamento”, completa.

No entanto, o amor de um cachorro pelo seu dono independe do espaço físico em que vive e da condição social. “O cachorro não faz distinção pelo ambiente em que vive: mansão, quitinete ou rua. Ele cria um amor incondicional e um vínculo muito forte com seu dono. O que importa é o grupo e o companheirismo”, conclui.


   

quarta-feira, 13 de julho de 2011

..::.. Paulistano gasta mais com ração do que com feijão ...::...

Despesa com alimento para cachorro ou gato de estimação responde por 0,55% do orçamento; fatia gasta com feijão é de 0,39%

Hoje as famílias que vivem na cidade de São Paulo gastam uma fatia maior do orçamento com ração para o cãozinho ou o gato de estimação (0,55%) do que com o feijão (0,39%), um alimento básico. Em contrapartida, o desembolso com aluguel caiu pela metade nos últimos dez anos, porque um número crescente de famílias teve acesso à casa própria. Também o peso da prestação do carro zero nas despesas triplicou no período.

Esses são exemplos de como a explosão do crédito e o ganho de renda provocaram nos últimos dez anos uma revolução nos hábitos de consumo dos paulistanos. Essas e outras mudanças foram captadas pela nova

Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). A partir deste mês, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o indicador de inflação da cidade de São Paulo, passa a ser apurado de acordo com a nova POF.

Ontem, o coordenador do IPC da Fipe, Antonio Comune, divulgou o indicador da primeira quadrissemana deste mês já pela nova POF. A inflação subiu 0,19%, ante um resultado praticamente estável de junho (0,01%). Entre os seis itens que mais influenciaram a inflação da primeira quadrissemana, quatro deles (viagem, assistência médica, refeição e carro usado) ampliaram a participação nos gastos das famílias de acordo com a nova POF.

Segundo Comune, a mudança da POF não vai aumentar a inflação. “De jeito nenhum isso vai acontecer”, frisou. Ele contou que desde fevereiro vem apurando o IPC pela POF velha e a nova e os resultados são muito próximos. Por questões metodológicas, a Fipe vai divulgar o IPC pelas duas apurações no fechamento deste mês.

De acordo com a nova POF, os grupos habitação, despesas pessoais, educação e vestuário perderam participação no orçamento das famílias, enquanto os gastos com transportes, saúde e alimentação aumentaram.

O grande destaque foi o aluguel, que pesava 8,97% e responde agora por 4,68% das despesas. Comune explica que a redução nos gastos com o aluguel, que passou a ser apurado pelo número de dormitórios, é resultado da maior oferta de crédito para a compra da casa. Também foram as facilidades de crédito que ampliaram gastos com carro novo, de 0,84% para 2,48%, e o usado, de 2,20% para 2,66%.

Com mais pessoas trabalhando, os gastos com refeição fora de casa cresceram, de 2,71% para 3,02%, e as despesas com serviços também. O desembolso com serviços pessoais quase dobrou, de 0,79% para 1,38%, e os gastos com cabeleireiro deram um salto, de 0,79% para 1,38%.

Entra e sai

A ascensão social da população e as rápidas mudanças tecnológicas provocaram um entre e sai de itens pesquisados. “Caíram fora da nova POF 50 itens e entraram 60”, disse Comune. Entre os que saíram estão os aparelhos de vídeo, DVD player, rádio-gravador, freezer, TV de tubo, entre outros.
Em compensação, houve a inclusão de produtos mais avançados, como TV de LCD, notebook, e serviços que no passado eram inacessíveis para boa parte da população, como passagens aéreas (0,51%), despesas com animais domésticos (0,77%) e cursos de pós-graduação e MBA (0,07%). “Na próxima atualização da POF, teremos de incluir o iPad. Nessa não incluímos o iPhone porque ele já foi incorporado por outras tecnologias”, diz o economista.
A partir de agora, a POF será atualizada uma vez por ano. A última POF tinha sido feita em 1999. Por causa de mais de dez anos de defasagem e dos ganhos do salário mínimo, a faixa de renda das famílias pesquisadas mudou: era de até 20 mínimos e a partir de agora é de até dez.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

::: SP: mulher acha bebê na rua após cão parar para cheirar sacola :::

A cadela parou para cheirar uma sacola, o que levou sua dona a encontrar a recém-nascida. Foto: Hélio Torchi/Futura Press A cadela parou para cheirar uma sacola, o que levou sua dona a encontrar a recém-nascida
Foto: Hélio Torchi/Futura Press


Uma mulher que passeava com uma cadela de estimação encontrou uma recém-nascida dentro de uma sacola plástica na noite de quarta-feira, em frente ao número 1.336 da rua Itaqueri, no bairro da Mooca, zona leste de São Paulo. O animal teria parado para cheirar a sacola, o que fez a mulher descobrir o bebê.
A mulher prestou os primeiros cuidados à criança até a chegada de policiais militares, que encaminharam o bebê para o pronto-socorro do Hospital Cândido Fontoura. A mãe da menina não foi localizada. A ocorrência foi registrada no 57º Distrito Policial.

Com informações da Futura Press.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Durante assalto, bandidos levam cachorro em Santo André

Após um mês e já 5kg mais magra, a veterinária Denise Prado segue buscando o cão que considera seu "filho"

Carolina Garcia, iG São Paulo | 06/07/2011 14:08
  • Durante assalto, bandidos levam cachorro em Santo AndréApós um mês e já 5kg mais magra, a veterinária Denise Prado segue buscando o cão que considera seu "filho"
assalto, bandidos levam cachorro em Santo André Após um mês e já 5kg mais magra, a veterinária Denise
 
Foto: Arquivo Pessoal
Cão foi roubado durante assalto em junho
 
Para a veterinária Denise Prado, de 31 anos, sua vida parou e "segue sem sentido". Desde o dia 6 de junho deste ano, quando sua casa foi assaltada por bandidos, em Santo André, região da Grande São Paulo, ela busca pelo cão da raça maltês, chamado Dudu, de 3 anos.
A veterinária já espalhou fotos do cachorro Dudu por toda a cidade de Santo André, mandou e-mails para mais de 500 pet shops e clínicas e também criou páginas nas redes sociais do Orkut e Facebook. Casada há oito anos, Denise explica que, como não possui filhos, ela e o marido consideram Dudu como uma criança. "Ele é como um filho que necessita dos meus cuidados. Ele é bonzinho, mas muito medroso. O Dudu deve estar desesperado."

Em uma quinta-feira, quando tudo parecia normal no trabalho, Denise decidiu ir até sua casa para almoçar, por volta das 15h. "Quando cheguei, estacionei o meu carro e vi dois homens saindo carregando o meu edredon como uma trouxinha", explica. Diante da cena, ela conta que correu para dentro da casa em busca de Dudu, com medo de que os ladrões tivessem agredido o cachorro.
"Meu primeiro pensamento foi 'o que fizeram com ele', já que eu não escutava latidos e ele não respondia aos meus chamados". Foi quando percebeu que a cama e os brinquedos de Dudu também tinham sumido.

Hoje, já 5kg mais magra, ela não consegue parar de pensar onde o cachorro pode estar. "A comida não desce, não quero saber de mais nada."
Juntamente com o cão, os bandidos levaram vários itens da residência que, segundo ela, está destruída. "Eles levaram tudo. Livros, roupas, óculos, relógios, computadores e tvs. Mas nada disso importa, já disse para a polícia que quero somente o Dudu. Todos os meus bens, se encontrados, serão doados."

Foto: Arquivo Pessoal
Dona acredita que Dudu foi vendido, já que foi roubado perto do Dia dos Namorados, na Grande SP

Sem sinal do Dudu

Mesmo com a página do Facebook "Procura-se Dudu" com mais de 1.300 pessoas, Denise ainda não recebeu nenhuma ligação com o suposto paradeiro do cão. Pelo contrário, como a veterinária tem oferecido recompensa, de valor não divulgado, passou a receber muitos trotes. "Muita gente ligou dizendo que está com o Dudu. Falaram até que o matariam se eu não depositar o dinheiro. Só que até agora, não há provas de que elas estão com ele", conta aflita.
Como o roubo foi uma semana antes do dia dos namorados, Denise e familiares acreditam que o cachorro possa ter sido vendido ou dado de presente a alguém. "É triste já que a pessoa pode estar com ele sem saber da história. Se ele foi dado como presente, me coloco à disposição para comprar outro filhote", diz a veterinária estimando que um filhote da mesma raça custaria entre 600 a 1.200 reais.
O crime foi registrado no 2º Distrito de Policial de Santo André. Até o momento, ninguém foi preso. Ainda assim, Denise garante que não está "atrás de bandido". "No fundo do meu coração acredito que terei Dudu de volta. Preciso que minha vida volte ao normal."

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Qual é o melhor cão para você ou sua família... Parte 3 - Basset Hound

Basset Hound 

Conheça a raça de cachorro Basset Hound, foto, temperamento, comportamento

basset hound foto
Basset Hound: faro apurado

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
 
- Esta raça de cão caracteriza-se por apresentar patas curtas e grossas.
 
- O Basset Hound surgiu do cruzamento de duas raças: Beagle e Bloodhound.
 
- Pesam entre 20 e 30 kg e a estatura média fica entre 34 e 38 cm.
 
- É um cachorro cujo formato do corpo é comprido, possuindo pele frouxa.
 
- Possuem pelo liso e curto, as orelhas são compridas e o pescoço grosso.
 
- A maioria dos cães desta raça possuem duas cores (marrom e branco ou marrom e preto) ou três (marrom, branco e preto).
 
COMPORTAMENTO E TEMPERAMENTO:
 
- Possui um faro bem desenvolvido, sendo um excelente cão caçador.
 
- O Basset Hound é uma raça muito companheira e de comportamento calmo e amigável. São animais sensíveis e dóceis, excelentes para quem tem crianças.
 
- Por gostarem de atenção, não é recomendado deixar este cão sozinho.
 
- Por ser uma raça com faro apurado, é comum perseguirem, na rua, pedestres, pássaros e outros animais. Logo, é recomendado ao dono sair com o cão portando coleira.
 
- É uma raça difícil de ser adestrada.
 
- Costumam latir quando querem alguma coisa.

- Costumam comer muito. Para gastar a energia acumulada, gostam de brincar e fazer caminhadas.

 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Alta costura “boa para cachorro”

Somente nos Estados Unidos mercado para animais de estimação movimenta US$ 47,4 bilhões por ano. E o luxo já chegou ao setor

Por Agência EFE
Martín Alipaz
Modelos caninos exibem suéteres de fibra de alpaca da Wof Couture, feitos na Bolívia
Martín Alipaz
A empreendedora Paola Zapana
A pioneira boliviana na alta costura para cães é Paola Zapana, jovem microempresária, especializada em moda para animais de estimação, que exporta para os Estados Unidos peças de alpaca e do tradicional "aguayo" andino, tecido feito à mão com desenhos geométricos, típico dos povos quíchua e aimará, sob a marca Wof Couture.
A paixão de Paola pela roupa para cães despertou há seis anos, quando ganhou sua "filha" Margarita, uma simpática e educada cocker spaniel inglesa. Na Bolívia, então a ideia de cuidar, mimar e vestir o animal de estimação "para prolongar seu período de vida" não estava tão desenvolvida e a empresária não conseguiu achar no mercado roupa que identificasse sua Margarita como fêmea.
"Comecei a comprar para ela roupa pela internet vinda dos Estados Unidos, mas tudo o que comprava era feito na China, Índia e Hong Kong. Eram coisas bastante simples; podiam ser feitas aqui", diz Paola.
Um nicho de mercado
Assim começou a gerenciar a empresa PUG Pet Fashion, para confeccionar e vender roupa fina para cachorros no mercado local, com o lema "onde se encontra um vazio no mercado, há possibilidade de negócio, porque alguém tem que preenchê-lo". Paola lembra que então estava fazendo um mestrado em administração de empresas e decidiu apresentar o plano de negócios de sua firma de roupa canina como tese, perante a surpresa, riso e ceticismo de seus companheiros e professores.
A surpresa de todos foi maior quando a empreendedora não só conseguiu a segunda nota mais alta no mestrado, mas aceitou o risco e investiu todas as suas economias para montar sua empresa. Os primeiros frutos começaram a aparecer em 2007, quando lançou na Bolívia a primeira "Coleção Outono-Inverno da PUG", uma linha que segue as tendências americanas de moda canina, com tecidos de boa qualidade, cores vistosas e modelos inovadores.
Pouco a pouco, Paola abriu campo no mercado boliviano, mas sempre impulsionada por uma meta maior: exportar suas peças finas de alpaca e outros camelídeos andinos para os EUA. “Lá, ao contrário de outros países, inclusive os europeus, há dados impactantes do consumo relacionado com a criação e o cuidado de mascotes”, diz.

Com o mercado boliviano consolidado, a empresária decidiu dar um salto para o maior mercado consumidor do mundo, onde um dos poucos setores que não foi muito afetado pela crise financeira é o da venda de acessórios e roupa para cães.
Paola decidiu apostar nas matérias-primas dos Andes, sempre chamativas e de grande aceitação no exterior, para fazer as peças de alta costura para cães. No final de 2007, ela fez seus primeiros modelos de casacos para cachorros com fibra de alpaca de Suri e alpaca-bebê, que são "muito finas e mais resistentes que o cashmere" (caxemira), e os enviou para a semana da Moda Canina de Nova York de 2008.
EFE
Lãs de camelídeos andinos
Foi aceita e assim chegou aos EUA a marca boliviana Wof Couture, com abrigos e suéteres de fibra de alpaca para cães de raças pequenas, feitos pensando no outono e inverno do Hemisfério Norte.
Alguns casacos caninos são de cores inteiramente escuras, outros com dois tons diferentes, combinando alpaca com peles falsas, ou enfeitados com bordados, lantejoulas e botões, enquanto os suéteres são mais coloridos, majoritariamente de listras. Sem incluir envio nem transporte, um destes suéteres de alpaca custa US$ 28 e um casaco US$ 45, pagos com gosto pelos amantes dos animais de estimação.
Em 2009, a Wof Couture acompanhou a moda dos "aguayos", divulgada na Bolívia pelo presidente Evo Morales, em cujas jaquetas costuma incluir desenhos desse material, e a firma incluiu em sua oferta jaquetas e suéteres dessa tela andina.
Um mercado de US$ 47,4 bilhões
A despesa dos EUA em alimentos, remédios, roupa, cuidados e acessórios para animais de estimação atingiu em 2010 o nada desprezível número de US$ 47,4 bilhões, segundo a Associação Americana de Produtos para Animais de Estimação.
Para Carola Capra, diretora-executiva da fundação privada Novo Norte, o lucro de Paola se explica porque ela "se direcionou adequadamente" para um nicho "interessante" e combinou seu bom olfato para os negócios com "esforço, dedicação e amor pelos cães".
"É uma iniciativa que mostra o ímpeto empreendedor dos jovens. Ela identificou uma oportunidade no mercado e viu que características poderiam diferenciar a proposta de uma oferta boliviana a partir de produtos próprios", opina Carola, cuja organização promove o desenvolvimento de La Paz.
Gary Rodríguez, gerente-geral do Instituto Boliviano de Comércio Exterior, entidade privada que assessora os exportadores, assegura que "o comércio está aberto para todas as iniciativas, porque sempre haverá alguém disposto a comprar algo inovador".
"O maior mercado consumidor do mundo, os Estados Unidos, não somente é importador de matérias-primas, mas também deste tipo de aprimoramentos, e quando alguém sabe descobrir isso, pode aproveitar e fazer um grande negócio", afirma.
Rodríguez acrescenta que a Bolívia segue os passos de outros países neste campo, pois ao contrário do que ocorria há alguns anos, já não é estranho oferecer produtos "de luxo" para os animais de estimação, citando como exemplo os hospitais especializados instalados na cidade de Santa Cruz.
La Paz não fica atrás, pois nos últimos anos proliferaram as empresas de produtos para cachorros. Desde 2009, a empresa Valdivia oferece serviços funerários para mascotes, incluindo o enterro em seu cemitério "Amigo Fiel".