Cães visitam doentes e idosos e os ajudam em atividades terapêuticas, mas, muito além dessas tarefas médicas, eles têm a função de encher os corações de alegria e esperança
Por Daniela Grinbergas![]() |
Após um dia estressante de trabalho, dores no corpo e ansioso para chegar em casa, não há nada mais reconfortante do que ter alguém à sua espera e, o melhor, feliz por vê-lo de novo. Os cães têm o "poder" de transformar um dia agitado em paz, tranquilidade, amor e carinho. Bastam algumas passadas de mão em seus pelos macios para sentir a diferença. Agora, potencialize essa ação em pessoas que estão doentes e carentes de afeto e esperança.
"Costumo exemplificar esse 'bem' com a seguinte cena: conheci uma criança com transtorno obsessivo-compulsivo [TOC] por contaminação [o paciente cria um medo da exposição a germes e doenças] que não deixava que ninguém tocasse nela. Em um dia, recebemos a visita do cão-terapeuta ao hospital. E, por perceber que o bichinho estava deitado no chão gelado e morrendo de frio, a criança emprestou seu próprio cobertor para aquecê-lo. Todos ficaram atônitos ao ver que ela deixou a problemática de lado para cuidar do pet indefeso", lembra a psicanalista Silvana Fedeli Prado, Presidente executiva do Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (Inataa).
Pesquisas internacionais garantem que os cães são capazes de despertar autoestima, diminuir a ansiedade, potencializar a memória, trazer mais confiança e socialização, além de reduzir o estresse. "Esse contato proporciona relaxamento e minimiza quadros de depressão, além de promover o bem-estar", justifica a fisioterapeuta Adriana Pavarati Futema, voluntária do Projeto Cão Bem-Estar. A terapia com animais é bastante eficiente em casos de autismo, paralisia cerebral, Alzheimer, entre outros.
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Benefícios comprovados
A assessora técnica Fernanda Rocco Oliveira, da equipe de reabilitação da APS Santa Marcelina, em São Paulo, conta que o núcleo percebeu a necessidade de desenvolver outros dispositivos clínicos para cuidar de seus pacientes e contratou os serviços que utilizam "cães que curam". O primeiro grupo a ser beneficiado foi o de pessoas com sequelas de acidente vascular encefálico, autistas e com deficiência mental. "Logo vimos ganhos motores, equilíbrio, postura, socialização, melhora de força muscular e atenção", comemora.
Atualmente, o trabalho se estendeu a grupos com paralisia cerebral e Parkinson. As sessões são simples e prazerosas, envolvendo atividades como pentear, massageá-los, jogar objetos para que eles busquem e contar histórias aos animais. As visitas e os tratamentos são aguardados ansiosamente pelos pacientes. "Nos asilos, os idosos se preparam pela chegada dos cães, assim como nos hospitais", conta Silvana Fedeli Prado.
Você sabia? Há mais de 50 anos, a Europa e alguns países, como os Estados Unidos e o Canadá, conhecem os benefícios da terapia assistida por animais nos tratamentos convencionais. Mas as práticas aqui no Brasil ainda são recentes: chegaram há pouco mais de 10 anos. |
Os cães são capazes de despertar a autoestima, diminuir a ansiedade e o estresse e promover socialização
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As técnicas
Há dois métodos utilizados nos encontros: a atividade assistida por animais (AAA) e a terapia assistida por animais (TAA). O primeiro é uma técnica lúdica que envolve recreação e distração por meio do contato com os bichinhos. Os animais visitam hospitais, asilos e instituições apenas para dar carinho e despertar sensações agradáveis. Os resultados são de ordem psíquica, física e social.
Já na terapia assistida por animais, o cão é parte da terapia. Ele entra nas sessões e oferece aos pacientes estímulos táteis, visuais, auditivos e olfativos. "O pet facilita as modalidades terapêuticas tradicionais, o que acelera a recuperação do paciente", explica a voluntária do Projeto Cão Bem-Estar.
Os cachorros facilitam as modalidades terapêuticas tradicionais, o que acelera a recuperação do paciente
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Os cães terapeutas oferecem aos pacienteOs cães terapeutas oferecem aos pacientes estímulos táteis, visuais, auditivos e olfativos |
Cães-terapeutas
Há diversas instituições e ONGs que treinam os animais e oferecem atividades de forma voluntária ou remunerada. São elas mesmas que selecionam os cães - o dono pode levá-lo a esses locais para que seja treinado - e avaliam se estão aptos. "Ele é selecionado por seu comportamento calmo e equilibrado. Por isso, não são utilizados filhotes nem cães muito idosos", conta a adestradora Elisângella Grillo, do Projeto Cão Bem-Estar.
Após uma avaliação detalhada, o animal passa por treinamentos de aprendizagem de comandos básicos. "O cão é reavaliado a cada seis meses e tem acompanhamento rotineiro", explica. Qualquer raça pode ser eleita, desde que o animal seja dócil. As visitas são feitas conforme as necessidades das instituições; semanalmente para visitas e diariamente para as terapias, que seguem uma rotina rigorosa. Todo esse trabalho é recompensado com o bem mais precioso de todos: o amor que é capaz de curar
Outros animais que ajudam! A zooterapia não é tarefa apenas para cães. Uma das mais conhecidas e eficientes é a equoterapia, um método que utiliza cavalos para gerar ganhos físicos, psicológicos e educacionais, pois o tratamento melhora a socialização, a autoconfiança e eleva a autoestima. "Há ainda linhas de 'cura' que utilizam porquinhos-da-índia, calopsitas, gatos, tartarugas, coelhos e até mesmo cobras e iguanas em sessões de terapias", conta a adestradora Elisângela Grillo. O importante não é a espécie, mas o interesse, o amor e o bem-estar que ela desperta nos pacientes. |
Você já reparou que o focinho do cão é molhado e frio mesmo em dias quentes? Isso tem explicação: o pet regula a temperatura do corpo por meio da respiração. Ele inspira o ar frio e expira o quente, e nessa troca, o ar condensado ganha a forma líquida, molhando e resfriando o focinho. É por isso também que ele respira de boca aberta e com a língua para fora. Essa é uma forma de "perder" calor e regular a temperatura interna. Então, se o seu cachorro estiver com o focinho quente, pode ser sinal de febre, portanto, vale procurar um veterinário. |
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Escovar é preciso
Para manter os pelos dos gatos sempre belos e viçosos, a escovação é fundamental. Mas essa necessidade vai além dos parâmetros de beleza. Ela é também uma questão de saúde, porque os bichanos têm o hábito de se lamber o dia todo para fazer a higienização e acabam engolindo muitos pelos. Essa bola de pelos pode acarretar em problemas digestivos severos, portanto, faça uma escovação diária para retirar o excesso e previna o problema.
Além das sementes comuns que servem de alimento às aves, a dica é oferecer a elas algumas germinadas, pois são mais nutritivas e possuem elementos importantes para sua saúde. A boa-nova é que elas podem ser feitas em casa, com alpiste, painço, girassol, entre outras. Basta colocá-las dentro da água por 24 horas. Em seguida, retire-as, enxágue e seque-as. Descanse-as sobre uma superfície e borrife água. Cubra-as e espere germinar - o processo demora até três dias e é preciso regar duas vezes ao dia. |
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O banheiro não é mais aqui
O processo de adestramento para que os animais façam suas necessidades no espaço indicado é longo e demorado. Por isso, pense duas vezes antes de mudar o banheiro dos cães de lugar, pois será necessária uma reeducação. Caso a mudança seja indispensável, primeiramente, certifique-se de que a nova área será reservada e calma. Depois, descaracterize o antigo espaço, deixando a comida e a água do bichinho por ali, para que ele entenda que agora aquele é um local limpo. Fique de olho e interfira quando o animalzinho for à antiga área para fazer xixi ou cocô, apontando o novo local. Depois do uso correto, dê uma recompensa a ele.
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